"[...] te digo que é assim que as coisas são e o fugaz delas é a sua eternidade não no real, mas na memória de quem lembra [...]"
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
Vou pausar o breve. Fotografar com a retina a grandiosidade que abrigam os detalhes pequeninos, a leveza desse vento efêmero que por um descuido tolo arrasta a vida em redemoinhos sorrateiros soprando para longe a infinitude que guarda a breviedade da vida. Ajustar o foco em direção ao pedacinho de horizonte mais alaranjado. Enquadrar o riso mais sincero. Visualizar a beleza que costura o cotidiano. Fotografar um infinito que escorre por entre os segundos.
Vou pausar o momento. Captar com as lentes da memória uma eternidade no instante fugidio. Emoldurar o retrato fugaz do momento com uma moldura invulnerável ao tempo. Lembranças que aconchegam-se no fundo do baú da memória encobertas pela poeira da eternidade fugaz. O fugidio aprisionado num retrato em nuances que não desbotam. Apreender a eternidade de um abraço. Paralisar o silêncio envolvente de um olhar. Reter o azul do mar na memória do coração. Captar o eterno que escapa ao agora.
Vou pausar o breve. Cravar os ponteiros do relógio no infinito. Apreciar o sem fim que acompanha a passos curtos os passos apressados do efêmero. O infinito caminhante pelos desertos das horas inquietas, vagueando à procura de um conserto com o breve. Inebriar-me com a inefável felicidade que enfeita tímida o breve, deliciar-me com o sabor delicado do infinito. Cravar o breve na imensidão do infinito.
Vou pausar o momento. Fincar a eternidade no coração embrutecido do fugidio. Desenrolar o fugaz e espiar a eternidade latente por baixo do manto fugidio. A eternidade repousada na miudeza das coisas singelas. A eternidade presa às asas dessa borboleta chamada instante. Despir o instante da celeridade do fugaz, vestir o efêmero com a calmaria do infindo. Fincar o eterno no fugaz.
O agora é sempre. E o ontem também é sempre, pulsante na memória de quem captura pequenas 'eternidades'.
Vou pausar o momento. Captar com as lentes da memória uma eternidade no instante fugidio. Emoldurar o retrato fugaz do momento com uma moldura invulnerável ao tempo. Lembranças que aconchegam-se no fundo do baú da memória encobertas pela poeira da eternidade fugaz. O fugidio aprisionado num retrato em nuances que não desbotam. Apreender a eternidade de um abraço. Paralisar o silêncio envolvente de um olhar. Reter o azul do mar na memória do coração. Captar o eterno que escapa ao agora.
Vou pausar o breve. Cravar os ponteiros do relógio no infinito. Apreciar o sem fim que acompanha a passos curtos os passos apressados do efêmero. O infinito caminhante pelos desertos das horas inquietas, vagueando à procura de um conserto com o breve. Inebriar-me com a inefável felicidade que enfeita tímida o breve, deliciar-me com o sabor delicado do infinito. Cravar o breve na imensidão do infinito.
Vou pausar o momento. Fincar a eternidade no coração embrutecido do fugidio. Desenrolar o fugaz e espiar a eternidade latente por baixo do manto fugidio. A eternidade repousada na miudeza das coisas singelas. A eternidade presa às asas dessa borboleta chamada instante. Despir o instante da celeridade do fugaz, vestir o efêmero com a calmaria do infindo. Fincar o eterno no fugaz.
O agora é sempre. E o ontem também é sempre, pulsante na memória de quem captura pequenas 'eternidades'.
Janete, que texto lindo!!
ResponderExcluirÉ, a vida é feita de coisas efêmeras. Entretanto, essas mesmas coisas passageiras, uma vez habitadas nas memórias, nunca mais dali saem.
Ficam.
Um segundo que seja, se ele foi importante, eternizou-se em nós. =)
"E não pertence ao passado o que acontece neste mesmo instante?" -Oscar Wilde
Beijão, querida! ^^
Jaaaaaaaaan!
ResponderExcluirFeliz Nataal =))
beiijos