"(...) eu trocaria a eternidade por esta noite!"
Nando Reis
Os olhos te avistam ainda distante, as mãos congelam, as pernas tremem, o coração bate forte e os olhos te seguem inquietos até a tua chegada.Nando Reis
Tu me ris um riso largo, e a face cora-se de timidez e te rio um riso manso. Nos teus olhos negros chovem chovem estrelas cintilantes e a poeira delas iluminam teu semblante. E no acastanhado-outono dos meus olhos, brota uma primavera.
Tu seguras forte minha mão e ela logo se aquece no calor da tua. As pernas paralisam equilibrando-se na eternidade daquele instante. O coração não pára de sambar, impossível acalmar-se ao lado teu. Tu me acolhes num abraço que aveluda a alma.
Tu me falas baixinho, ao pé do ouvido, arrepia todo o corpo, acariciando com palavras adocicadas o gesto, açucarando o silêncio que havia enquanto nossos olhos tracavam confissões.
Uma sinfonia verbal silencia a saudade, mas sem adormecê-la, deixando um punhado de saudade guardada no peito, para que a voz da saudade continue ecoando mesmo quando haja uma vírgula entre eu e tu.
Um afago feito na nuca desata o nó da ausência. Um beijo na ponta do nariz. O sorriso de menino bobo. Uma promessa, cócegas no olhar, gargalhadas.
Olhos, pele, mãos, braços, ouvidos, nucas, corações. Testemunhas dum sentimento.
Envolvendo-nos num abraço fugaz, um manto negro cravejado com estrelas sorridentes, enfeitado com uma Lua Cheia. Uma estrela bêbada tropeça no céu, desmaiando no horizonte. Fecho os olhos e peço 'Que essa noite nunca amanheça...'
Tu me falas com os olhos sorrindo 'Ainda que amanheça, nosso amor nunca anoitecerá!' E me afagas com um abraço e me acolhes entre as mãos.
Procuro imediatamente por tua presença,
ResponderExcluirAté, enfim, perceber-te.
Sentimentos de alívio,
Pensamentos eufóricos, frenados.
Tua existência assombra-me, faz-me esquecer de respirar.
Tão irresistivelmente doce...
Um leve aceno, o máximo que se desprende.
Horas passam, retomo-me.
E num impulso caminho em direção,
Pousando em outras mãos, como uma escada para chegar-te.
Pulso acelerado, pés flutuando
Instantes que antecedem um simples toque.
O tempo vai parando lentamente
Então vislumbro tua essência tão próxima,
A lentidão prolonga-se numa eternidade paralisante.
Até que minha mão consegue encontar tua aura... chegando em tua pele.
Um encontro incadescente a meus olhos... apena um toque.
Num instante passam pela mente turbilhões de pensamentos alados,
Impossibilitanto mais do que um toque.
Ainda desconcertado, preciso respirar
Sinto a pele corar.
E passo adiante num breve instante.
Espero o sangue voltar ao círculo normal.
Um aconchegante estado de calmaria repentina segue-se,
E me sinto mais à vontade para aproximar-me então.
Procuro palavras,
Naturalmente vão surgindo poesias,
Mas não posso deixa-las escapar.
E digo qualquer coisa
Algo pra ver teu riso.
Teus olhos virando-se em mim,
Compartilhando uma energia impenetrável...
E tudo volta ao normal,
Como se existisse normalidade.
E o tempo volta ao seu curso,
E a noite começa a ir-se...
E imagino um pedido:
'Que essa noite nunca amanheça...'
E uma resposta ressoa em meu peito...
'Ainda que amanheça, nosso amor nunca anoitecerá!'
e quantas noites a gente trocaria pela eternidade né?
ResponderExcluirQUE SAUDAAAAAAADES.
ResponderExcluirSome mais não.
beiijos
Nunca li narração mais verdadeira sobre um amor que nunca anoitece.
ResponderExcluirE foi assim...
ResponderExcluirNum doce Crepúsculo que meu coração conheceu o teu...
E nunca mais foi capaz de esquecer.