"É triste saber que um dia vou ver você passar e não sentir cada milímetro do meu corpo arder e enjoar. É triste saber que um dia vou ouvir sua voz ou olhar seu rosto e o resto do mundo não vai desaparecer. O fim do amor é ainda mais triste do que o nosso fim."
Tati Bernardi
Então virá o dia que tu vais passar por mim e eu não vou sentir uma alegria desvairada percorrendo inquieta as ruas, travessas e vielas do corpo com destino ao coração, fazendo-o saltar agitado, batendo acelerado no compasso de uma escola de samba acompanhado do balé de borboletas, flutuando graciosas no estômago.
A face não vai pintar-se com aquele corado bonito da emoção que mistura-se com a timidez, nem enfeitar-se com aquele riso largo de menina boba, nos olhos não vão serenar estrelas cintilantes iluminando o negrume deles.
As mãos não vão suar ansiosas à espera da companhia das tuas, nem meus braços vão desejar serem acolhidos pelos teus, nem minha pele vai desejar ser afagada com teus carinhos, eu não vou sentir arrepios de felicidade na presença tua, nem as pernas trêmulas ao aproximarem-se de ti, a voz não vai gaguejar, embaralhando as palavras.
Lembranças não esvoaçaram dançantes na memória.
Então virá o dia que tu vais passar por mim e eu sentirei apenas uma alegria inconsciente, mansa, caminhando serena pelo corpo sem pressa de chegar ao coração e quando chegar encontrará um coração amiúde de amor, mar de calmaria, solitário do balé de borboletas.
A face continuará pálida. Semblante pintado com tranquilidade, enfeitado com um riso delgado, os olhos cobrirão-se com o véu de uma noite nublada.
As mãos ficarão imóveis à espera apenas de certezas, meus braços abrirão-se para o novo, abraçados ao recomeço, minha pele será afagada pela brisa que sopra em direção à outro caminho, arrepiando o corpo a brisa fresca cheiro alegriazinha nova. As pernas ficarão firmes, a voz falará indiferente e as palavras soarão como silêncio.
Apenas um branco na memória...
Então virá o dia que tu vais passar por mim e eu saberei que chegou ao fim aquele amor, serás lembrança morta, passado murcho, recordação esfumaçada pelo tempo, e vai doer... Tanto!
Tempo, não apague da memória as velhas recordações que guardo dele, deixa ao menos eu ter lembranças...
Nossa, Janete, ao ler seu texto senti uma vontade de chorar, e bateu um medo de sentir o que é perder a pessoa que mais amo nesse mundo. Como sempre você toca meu coração lá no fundo.
ResponderExcluirUm xêro
"...meus braços abrirão-se para o novo, abraçados ao recomeço, minha pele será afagada pela brisa que sopra em direção à outro caminho.
ResponderExcluir...indiferente e as palavras soarão como silêncio...
...serás lembrança morta, passado murcho, recordação esfumaçada pelo tempo..."
Tempo, age logo,
Faz um coração olhar pra frente,
Ascender de novo, sorrir
Estampar vida
Perceber um pedido, possível...
Subscreve marcas dolorosas com doce sentimento, de novo.
E aquece a imensa vontade, apagando a agonia,
Ecoando nos confins da Terra...
A música da minha vida.
Pendente.
Tava passeando pelos blog e achei o seu, me encantei com o texto! Porque na verdade tenho me sentido e pensado muito assim nos ultimos dias. Relacionamento mexe muito com a gente...principalmente quande se ama demaaaais.
ResponderExcluirEnfim, recebi um selinho "este blog tem glamour" de uma blogueira que me segue, e gostaria de dar um a você também. Depois vai lá no meu blog que vocêvai entender melhor sobre o selo... bjos
Eu compreendi todas as palavras,
ResponderExcluirRazoável e novo, é assim por aqui
Que as coisas mudaram, que as flores murcharam
Que o tempo de antes seria o tempo de agora
Que se tudo muda constantemente, os amores também passam
É preciso que tu saibas
Eu irei procurar teu coração se tu levares a outro lugar
Mesmo se nas tuas danças, tuas horas outros dancem
Eu irei procurar tua alma nos frios, nas chamas
Eu te jogarei pragas para que tu ainda me ames
Não precisava começar a me atrair, a tocar
Não precisava dar tanto, eu não sei jogar
Dizem que hoje os outros fazem assim
Eu não sou os outros
Antes que se apegue, antes que se entregue
Eu encontrarei as linguagens para te tecer louvores
Eu farei nossas bagagens para infinitas colheitas
As fórmulas mágicas dos Marabutos da África
Eu os direi sem remorço para que tu ainda me ames
Eu te inventarei rainha para que o fogo recomece
Seus jogos serão os nossos, se tal é teu desejo
Mais brilhante, mais bela para uma outra faísca
Eu me transformarei em ouro para que tu ainda me ames!
(Germain Gauthiernote)
Haverá um dia...
ResponderExcluirNão serei sequer capaz de reconhecer teu aroma,
Teus olhos pra mim serão tão comuns,
Como duas velas que se apagam ao vento.
A tua pele suave parecerá uma pedra ártica, tão somente;
Nem o teu toque farar-me-á lembrá-la.
Teu verbo não será ouvido,
Meus ouvidos estarão noutra frequência, mais alta.
Teus passos estarão perdidos no caminho da esquerda ou da direita
E eu estarei no meio.
Mas não perceberás.
Teus sonhos não mais encontrarão os meus,
Ficarão para tráz, como brumas de um lago esquecido na colina.
E estarás só. Mas eu não poderei te chamar.
A menos que do teu íntimo,
Na mais profunda escuridão,
Sem mais esperança a perder.
Ressoe com toda a força que restar-te...
Uma palavra,
Única e que somente tu saberás, mas que está escondida dentro demais.
Tão forte que abrirá entre as dimensões.
E eu te escutarei,
E estarei novamente mergulhado em teu olhar esmeralda.
Eternamente e incondicionalmente
De volta ao teu Ser.
Adoro esse seu balé de borboletas :D
ResponderExcluirMe lembrou uma música de Engenheiros do Havaí:
ResponderExcluir"Para ser sincero, talvez em um desses encontros casuais, eu diga minha amiga: Pra ser sincero, praser em ve-la."
Beijos
Lindo, amei!
ResponderExcluirObrigada pelas suas palavras sempre tão bem vindas lá no blog. beijo ;*
Adorei. ^^
ResponderExcluirE sabe? Um dia tmb sentirei tudo isso em relação a ele. Ou melhor, deixarei de sentir...hehe
*_*
chorei.
ResponderExcluirtô apaixonada com seu blog.
=)