"Quero poder jurar que essa paixão jamais será
Palavras apenas
Palavras pequenas
Palavras, momento
Palavras, palavras
Palavras ao vento..."
Cássia Eller
Palavras apenas
Palavras pequenas
Palavras, momento
Palavras, palavras
Palavras ao vento..."
Cássia Eller
Em noites de calmaria embriago-me com a voz do silêncio. Paro, deito, fecho os olhos e ouço o desenrolar da noite. A saudade da Lua pelo seu amado Sol contada a Via-Láctea entre soluços. O cochichar das estrelas. O mergulhar de uma delas no mar. O espatifar-se de outra no chão. O despencar de mais uma no horizonte. A aterrissagem de outra nas areias de uma praia deserta. A viagem incandescente de um cometa. Os passos das nuvens caminhando sobre um céu negro. A serenata de amor do vento. O bater de um galho seco à janela do meu quarto. O tic-tac do relógio. O piscar dos olhos. O remexer-se na cama. A respiração pausada. A batucada no coração.
Essas noites de calmaria sempre vinham acompanhada com palavras de veludo sussurradas ao pé do ouvido. O coração aperta-se de saudade, esforço-me para lembrar as tuas palavras de amor, lembranças antigas esvoaçam na memória, dançam palavras quase esquecidas, um gosto de ternura, um alvoroço no coração, um riso enfeita a face, lágrimas inundam os olhos - alegria bordada com tristeza... E o vento de esquecimento sopra para longe tuas palavras de amor, e mesmo aquelas mais pesadas são arrastadas por ventos levinhos...
E outra lembrança amarelecida areja a memória... Posso ver teus olhos serenando estrelas e teus lábios emoldurando um riso largo, posso ouvir tua voz dizendo "Eu te amo", posso ver escrito nos meus olhos o "Eu também te amo" que calei, meus lábios atônitos observando os teus, desejando uma eternidade junto a ti, posso ver teus olhos nublados prestes a chover e um riso triste, alegria espremida entre teus lábios, posso ouvir minha voz dizendo "O meu amor por ti vai além, muito além, das palavras", e um beijo demorado como se um perdoasse a displicência do outro. Depois um branco na memória. Nenhuma palavra dançante. Um filme mudo. Apenas movimentos. A lembrança pulsante que a memória guardou foram os gestos, pequenos, grandes, gestos de Sol, as palavras aveludadas, as promessas rumo a eternidade, as juras de amor, os planos com o amanhã, todos perderam-se ou embaralharam-se no emaranhado da memória, mas os gestos, esses continuam vivos, fresquinhos na memória.
Porque palavras, qualquer vento leva soprando esquecimento. Adormeço ao som da sinfonia de silêncios, inebriada com o perfume das lembranças dos gestos teus...
O meu amor por ti jamais será palavra esquecida, levada por ventos ásperos. O meu amor por ti sempre estará guardado no peito para que nenhuma palavra o perca, para que o tempo não o desgaste.
Porque palavras, qualquer vento leva soprando esquecimento. Adormeço ao som da sinfonia de silêncios, inebriada com o perfume das lembranças dos gestos teus...
O meu amor por ti jamais será palavra esquecida, levada por ventos ásperos. O meu amor por ti sempre estará guardado no peito para que nenhuma palavra o perca, para que o tempo não o desgaste.
Que lindo post. Palavras envolvidas, sentimentos à flor da pele.
ResponderExcluir...e o vento do esquecimento sopra pra longe tuas palavras de amor...
ResponderExcluirBonito o modo que vc junta as palavras, gostei daqui.
Maurizio
Nem todas as frases mais belas, formadas pelas mais doces palavras, são capazes de ilustrar o verdadeiro amor.
ResponderExcluirEu tinha um amor assim-assim.
ResponderExcluirE briguei com a lembrança, noite dessas...
acho que as palavras enviadas pelo têm muita força!
ResponderExcluirbrigada pela visita, volte sempre!
beijos...
Olá!!!! ^^
ResponderExcluirPassando para agradecer a visita ao meu blog!! =) Volte sempre!!!
Li seu post....muito bonito! Parabéns, tens jeito com as palavras!!!!!!!!!
Retornarei sempre que possível aqui para ler as coisas escritas por ti. =)
Abraços!!!!!!